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Mostrando postagens de 2013

Não sei

É um sei lá, misturado com algo que não vem de lugar algum, Que chega sem avisar e se apossa. Antes fosse bom, mas essa coisa me deixa angustiada, agoniada. Triste e agitada.  É um não sei o que, que vem não sei de onde. Fica sem razão e veio não sei por que.  Desejo mesmo sem saber a que. Anseio e espero sem objetos diretos. 

Rascunho de "O pássaro"

E ela veio voltando de mansinho Devagar e esparsamente. Está voltando da mesma forma que veio Inadvertidamente, sussurrando ao meu ouvido Me acalentando mesmo de longe. Vem acariciando minha alma e aura Despejando seu amor Quero segurá-la para sempre em meus braços Mas não me acho merecedor. Ela é um pássaro livre e eu - pobre eu - uma gaiola com correntes, bem firmado ao solo. Espero pelo dia que possa tê-la ao meu lado Mesmo sabendo que esse dia nunca chegará.

Crônica

E ela me assistiu a noite inteira, compenetrada. Não sabia se eu a hipnotizava ou o oposto. Se didtraiu por alguns minutos apenas. Aposto que falava com seu amante. Ela tentava ser discreta ao rir, mas emanava do seu ser. Não era nada discreta e esbanjava desejo.  Ao final da noite, onde eu deveria ser o astro, só ela brilhou. Seu olhar estonteante ao me cumprimentar me tirou o fôlego. Sua jovem exuberância me tomou os pensamentos. E ainda ousou falar de outro com aquela voz de veludo. Quis que fosse minha. Então, displicentemente ela me dá adeus. E nem sei seu nome.  Durante todo o tempo não consegui tirar os olhos dele. Era incrivelmente sedutor. Olhava a todos como um lobo observa um rebanho. Como queria ser um cordeiro agora. Aquele ar soberano e soberbo sobre nós. Estava na fila, ansiosa para falar com ele, ensaiando o discurso. Devo dizer que sou uma grande fã? Mas nem o conhecia antes desta noite. É minha vez. Que olhos profundos, senti que podia ver sua alma me puxar para dentr
Feeling quite lonely right now. It's prolly all this stress around me. All this anxiety and this emptiness feeling. Maybe I'm just on my PMS and it'll vanish away as soon as it's over.. Not sure, though. In need of something that's missing. Where are you?

Antes do sono

Queria passar o dia pensando Repassando planos, criando novos Que quando chegasse a hora do almoço Tivesse a sua companhia E lá pelas cinco sair avoada E ir àquele barzinho de música ao vivo.  Queria que entrássemos num taxi E que os nossos destinos fossem os mesmos.  E queria poder dizer a noite "Está tarde, vem deitar comigo?"

Moça

E então percebo Que é no escuro Na calada da madrugada Que me vem essa danada.  Aquela moça travessa Que só aparece quando quer, Fica o quanto acha que deve, E que dá até um nó na cabeça.  A que durante o dia  Teimo em perseguir Mas sem sucesso, Opto por desistir.  E de repente, Não mais que de repente, Cá está ela, me enchendo de ideias, Me iludindo como uma serpente.  Que bom que está de volta, Inspiração, Creio que sem você Minha vida inteirinha Parece em vão.  SUA LINDA. 

16.08.2013

Parece que foi ontem. Ontem que fiz minha primeira viagem a Bauru, para um despretensioso aniversário de um amigo que eu nem conhecia pessoalmente. Parece que foi ontem que te ouvi me chamando de moleque e fiquei ultra indignada. Também foi ontem o dia que me perguntou se eu gostava de ópera, assim: DO NADA. E aquele mês inteiro que passamos flertando um com o outro nada mais parece do que algumas horas de conversa. E naquela tarde que, de surpresa, falou que viria a São Paulo e se queria vê-lo, o mesmo frio na barriga me passou como está passando agora. Hoje. O último dia do ano que viajo a Bauru. O dia em que vamos ser felizes, como todos os outros, mas com uma pontinha mais amarga da saudade que já bate. O dia em que meu choro vai ser tanto de alegria quanto de ansiedade. O dia que vou me despedir de você bem longamente, dizer muitas juras de amor, te fazer muitos carinhos e sobretudo te amar. E fazer questão de te mostrar isso. E nessa despedida direi: até logo, meu amor. Pois sei

Na plataforma

E então ela olha para o outro lado da plataforma, esperando que ele estivesse lá, pra lhe mostrar seu sorriso e perceber que tudo estava bem e logo ficaria melhor. Mas ela não o encontra. A música em seus fones faz aquele sentimento amargamente doce ficar mais intenso. Está prestas a chorar. O metrô chega, ela embarca. A angústia ficou do lado de fora, mas a saudade a acompanha enquanto escreve esses versos.

Sinfonia n. 5

E é quando o motor silencia Que consigo ouvir a sinfonia.  Uns graves, outros agudos ou discretos Não estão em sintonia, Mas acabam por formar melodia.  Pulmões expandem e contraem Num vai-e-vem sem pudor.  Do que é composta a orquestra? Respirações e ressonos  E o ronco é o tenor. E quando o motor liga A sinfonia é silenciada, Retorno a estrada. 

Não tenho desculpas.

Sei que sou uma amiga ausente. Não me orgulho nem um pouco disso, mas não é natural em mim manter amizades. Eu tento, à minha maneira, mas a minha maneira em geral não funciona para as pessoas. Não é orgulho para não correr atrás das pessoas é só... Não levar jeito pra isso. Prometo me esforçar mais, por algumas pessoas vale a pena me esforçar. Quero pedir desculpas às pessoas que eu amo e que tenho sido negligente com elas. Não é a minha intenção. Não posso alegar falta de tempo pois quem realmente quer, arranja tempo. E eu quero. Vou me esforçar.

No metrô

Embarquei e escolhi meu lugar Um lugar um tanto escondidinho,  Reservado, para três.  Era o canto dos doidinhos.  Um com sua caixa E o outro com sua mochila.  O senhor da caixa tirou um relógio dela Olhava, examinava, até que resolveu: "Você é um relógio lindo!" O moço da mochila me olhava de canto Como se eu fosse uma invasora, Invasora em seu mundo de sonhos.  O dono do relógio conversa, troca carícias E chega a hora de descer.  Embrulha o relógio ainda conversando,  Levanta, cambaleia e sai.  O moço da mochila me olha.  Solta um risinho, E volta ao seu mundo.  E eu, por fim, me juntando aos dois Ria sozinha, completando o trio Trio do canto dos doidinhos. 

Esconde-esconde

Deus do céu. Onde está?! Cade? Onde foi parar!? Sumiu assim, repentinamente Sem deixar um aviso ou pista. Procuro por todos os cantos E sei que chego perto de encontrar Mas a danada me foge novamente E continuo a buscar. Senhora inspiração queira por favor voltar.

Desabafo - mais um

A mediocridade das pessoas me entristece, me chateia. A incapacidade delas de ver nos outros qualidades me deixa incomodada. A falta de inteligência, de qualquer forma que seja, me deixa atordoada. A necessidade de diminuir o irredutível é assustadora. Por que é tão difícil elogiar, relevar? Cadê a evolução?!

Parte de mim

Sou daquelas pessoas que você vai encontrar Sentada no meio-fio, olhando a chuva passar Sentindo o vento gelado que a acompanha Mas não dando a mínima, pois se sente uma Ela e a chuva. Daquelas que você vai encontrar deitada no chão da sala Ouvindo músicas antigas, cantando esgoelada E você vai olhar pra ela e dizer "Foi a mulher que escolhi todos os dias ter" E vou te amar. Daquelas que dá beijos e abraços inesperados Tem riso quase desesperado Um olhar apaixonado Mesmo anos tendo passado E são um só.

Ela

Miudinha assim Foi conquistando seu espaço De pouquim em pouquim. Foi caminhando devagar, Aos passos curtos E quando viram, já estava longe. Carrega consigo alguns corações, Umas saudades, uns beijos E uma boa dose de amor. Continua sua jornada em direção nenhuma Pois não importa o destino, O que quer é caminhar.

Cada

E a cada batida o som é mais alto, o c(h)oro é grito, e a voz é calada. A cada segundo É um riso alado um beijo pe(r)dido E um peito velado. E a cada suspiro p'outro lado me viro e penso mais ainda na vida que não vinga.

Segredos

Sabe, meu garoto Vou te contar um segredo Nada secreto nem sagrado Só um tanto esquecido, abarrotado. Se não quer se decepcionar Basta expectativas não criar! Parece impossível, eu sei Mas boa parte delas já eliminei. Outro segredinho, E por favor, conte ao vizinho: Se não se segurar E expectativa mais uma vez criar Tenha em mente: Ninguém é vidente. Não se chateie se alguém Não agiu como quis outrem São coisas da vida, das pessoas E assim levam-se as coisas: Às pazes, as boas. Ps: que bosta, não vou nem reler pra não desistir de postar xD

Chance

Não tenho medo de me jogar de cabeça em tudo o que faço. Medo de quebrar a cara caso o lago seja raso. Não tenho medo de vivenciar todas as experiências Pois todas as experiências, por pior que pareçam, são boas! Nos fazem mudar, crescer. Por mais que achemos que não Que tudo continua igual. A mesma merda de sempre. Mas não! Até a merda muda! Gosto de me dar essa chance De fazer tudo virar de ponta cabeça. Me dar a chance de chorar, de rir, de gritar De sofrer e ser triste, mas também de ser mais do que estupendamente feliz.

-Mom,

-What, dear? -Why does it hurt so bad? -What's the matter, sweetheart? Where did you get hurt?! -Here. - And she points her chest. -Oh babe, that is nothing. -But mom, it won't stop aching! -Honey, it'll hurt forever. Someday you'll understand, and the pain will become your friend. - she hugs her daughter - you'll find a way get over it. If you don't get over, you'll at least get along. Now take some rest, go out, have some smiles and you'll make it fade away - for a while.

-im.

E talvez ele goste de mim assim. Doida, leve, agitada e bocuda. Talvez eu seja diferente das outras ou não. Mas acho que ele gosta de mim assim. E se ele não gostar de mim, assim... acho outro! Que irá gostar de mim do início ao fim.

Memória

E quando menos quero contar com a memória É quando a danada mais cisma em funcionar. É quando mais ela faz passar imagens boas Boas e doloridas. Ao menos foram vividas. Devo pensar pelo lado mais positivo Melhor ser triste mas um dia ter tido. Devo acreditar no futuro, no destino E não deixar a mente cair no desatino.

Saudades

Estou morrendo de saudades de coisas que passei na minha vida. De sentimentos, sejam eles quais forem, bons ou ruins, pois todos me ensinaram coisas. Quero ter de novo aquela sensação do novo. O frio na barriga, a incerteza feliz. Também sinto falta do que nunca vivi. Não por ter escolhido outro caminho mas apenas por (ainda) não ter tido a oportunidade. Sinto falta da coragem que nunca tive. Da vontade de mudar e ser melhor que sempre tive. A quero mais, mais forte e mais vívida. Sinto falta de pessoas que foram parte da minha vida durante muito tempo e hoje nem nos falamos. Sinto falta das pessoas com quem passei pouco tempo, mas conquistaram um carinho muito grande. Sinto falta de passeios bobos e inesperados em dias de aulas cabuladas. Sinto falta de aprontar. De ser menina, de ser gente de novo. Só criança que é gente. Sinto falta de cair doente de manha na cama, só pra ter colo e atenção de pai e mãe. E conquistar a invejinha dos irmãos. Sinto falta de brincar na rua,

Crônica

And he tenderly looks at me. Staring as if I was going to be gone soon. He cuddles me gently, with his hands around my cheek. I stare back, trembling a little. Hoping that moment was never gone. I wanted him so hard, so badly, but something always held me back. My lips were longing to his, my arms wanted to be around him. My whole body wanted to get closer to him. A strange noise scared us: it was the sign for me to go. None of us wanted that, but the time came. As I was leaving, he finally kissed me. That was it. The time stopped for a while. His hands on my hips, grabbing me, not allowing me to leave - I really didn't want that, though. But I did. I didn't want, but I did. We spent the rest of the morning texting each other. Fell asleep smiling at the phone. We met again, at his former house. As he was moving, he needed to paint his apartment to return it to the landlord. We spent the whole afternoon paiting, laughting, and talking. As we were done, we sat in his bal