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Ano Novo

Estamos em um novo ano. O que esse ano nos trás? Promessas?
Não para mim. Esse fim de ano fora o mais diferente de todos que já vivi.
Normalmente nos fins de ano eu me sinto triste e deprimida, sem perspectiva de vida ou futuro.
Este não. Me senti completamente segura de mim, da minha vida, do meu rumo.
Nos outros anos eu tinha esperanças mil para o ano seguinte. Não neste. Apenas mantive-me cética e silenciosa, sem promessas, apenas alguns planos.
Nos natais passados (falando assim parece até nome de filme), todos seguiam rigorosamente o ritual de apenas comer após a meia noite. Ao chegar na casa de meus avós, por volta das 22h, alguns já haviam ceado, outros estavam à mesa e minha família por sua vez, sentou-se displicentemente e começou a comer. Não houveram presentes. Nem dos narcisos que geralmente enchem a si mesmos de presentes. Não houve reza, não houve rito algum.

Ao decorrer do ano de 2009 eu tive uma certeza: nasceu, então, uma nova eu. Um eu adulto, um eu maduro, um eu sério, cético e de poucas palavras. Um eu que dividiu-se entre casca e interior.

PS: Texto feito de improviso

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