Acordamos. Eu estava meio mal humorada, mas levantei mesmo assim. Você foi mexer na cama, eu fui fazer comida. Cada um nas suas tarefas, conversávamos.. Meu humor sutilmente melhora. Comida e cama prontas, é hora de comer. Enquanto comemos, mais conversas. Mas não coisas triviais como as conversas enquanto atarefados. Conversas que me faziam pensar e mergulhar mais em mim mesma. E qua tô mais eu mergulhava, menos eu enxergava, menos sabia, e isso te incomoda. É claro que incomoda.. Essa incerteza deve ser sufocante... Decidimos então por não mais nos relacionar. Você se arruma para o trabalho, eu, cansada de chorar, cochilei no colchão no chão. Te levo ao trabalho, conversamos mais um pouco.. Não me contenho e choro mais. Quase (quase mesmo?) te fiz chorar. Vi seus olhos se encherem d'água, mas nenhuma lágrima. Nos abraçamos e despedimos. Fui para a casa dos meus pais. Ao chegar, me vejo sozinha. Um alivio para meu coração apertado: não preciso fingir ou esconder estar bem, só eu ...