Depois de muitos meses sem nos falar, resolvo ir até sua casa, para uma visita inesperada. Quem me recebe à porta é a sua mãe, com um sorriso gostoso e braços muito abertos, que me envolveram num abraço que só ela consegue dar. Ando da sala até os quartos, subindo as escadas, onde cruzo com seu irmão gêmeo. Esse, surpreso, me chama de canto para conversar. - Você sabe que ele tem namorada, né, Di? Fiquei aturdida com a notícia e saí tempestivamente ao seu encontro. Ricardo - seu irmão - correu atrás de mim, com a intenção de me acalmar e quem sabe até me impedir de falar contigo daquela maneira. Te encontro no quarto, de pé e de costas para mim. - Rafael, - digo numa voz trêmula que não se decide entre felicidade em vê-lo ou de ódio pela nova companheira - que história é essa de você estar namorando? Quem é? Há quanto tempo? Poxa, pensei que fossemos ainda amigos, afinal. - As palavras saiam meio atropeladas. - Não quis te contar para não te magoar, Di. Balbucio mais alguma...